Batucando As Memórias: Arte, Diversidade E Resistências   

O Projeto “Batucando as memórias: arte, diversidade e resistências” se propõe a trabalhar a partir dos seguintes eixos: Cultura e Memória; Gênero e Direitos das Mulheres;  Cultura LGBTQI+; Direito a Natureza e ao bem viver. Considerando o contexto e a trajetória sócio-histórica da comunidade de Caetanos de Cima/Sabiaguaba em seus processos culturais, de arte e resistência, na luta pelos direitos de cidadania, territoriais e humanos.

 

 

 

 

 

Sobre o projeto

O Projeto “Batucando as memórias: arte, diversidade e resistências” se propõe a trabalhar a partir dos seguintes eixos: Cultura e Memória; Gênero e Direitos das Mulheres; Cultura LGBTQI+; Direito a Natureza e ao bem viver. Considerando o contexto e a trajetória sócio-histórica da comunidade em seus processos culturais, de arte e resistência, na luta pelos direitos de cidadania, territoriais e humanos. Vale dizer que os eixos que norteiam a realidade cultural de Caetanos não se processam de forma estanque, mas se articulando entre-si, e em permanente retroalimentação e que nesse contexto de acirramento dos conflitos no campo, de desregulamentação das leis de proteção ao meio ambiente, de avanço do conservadorismo, ameaças às organizações populares e comunitárias, e ataque a educação e à cultura.

Este projeto toma como desafio maior manter viva a comunidade de Caetanos de Cima enquanto comunidade de saberes e fazeres, legada e transmitida pelas gerações passadas, com vistas manter viva as gerações presentes e futuras da Comunidade.

A cultura, a memória e a comunicação popular são eixos que se articulam potencialmente nesse projeto, com a revitalização da casa da memória e o programa de formação em educação patrimonial, arqueologia e lugares de memória, direcionado ao segmento infanto-juvenil; acontecerá também ação “Mulheres e Memórias da Terra” em parceria com a Rede de Arte e Cultura na Reforma Agrária, através do registro audiovisual visibilizando as experiências de mulheres sem-terra na conquista da terra, na convivência com o semiárido, na inserção e participação política e organizativa, nos assentamentos de Amontada, Canindé, Arneiroz, Fortim, e Monsenhor Tabosa, outrossim será desenvolvida uma plataforma virtual que veicularam as produções em audiovisual, para além das redes sociais dos coletivos e Ponto de Cultura.

Em Caetanos de Cima a diversidade cultural se expressa num conjunto de saberes e fazeres das populações do litoral, que atravessam gerações e vem sendo realimentadas no diálogo entre tradição e modernidade, forjando novas expressões e produções artísticas. O grupo tradicional de dança “Raízes do Coco”, os grupos de teatro “Frutos da arte”, e os “Catirinas, desenvolvem suas produções tendo como matriz as manifestações da cultura popular, os dramas populares, reisados, as histórias e lendas que constituem o imaginário coletivo do assentamento.

Vale inferir que em Caetanos de Cima, a música ocupa um lugar de reafirmação de identidade de mulheres, que na condição de artistas e militantes da pauta feminista, formam um coletivo de música “Iniciantes do Batuque” que vem atuando na luta das mulheres e no engajamento da organização comunitária. As iniciantes do batuque, assumem a formação política de mulheres no território, questionando os papéis de reprodução social imposto à mulher pela cultura patriarcal.

Neste contexto, os grupos culturais, a saber: Grupo de Dança “Raízes do Coco” e grupos de teatro “Frutos da Arte” e os “Catirinas” revisitarão suas matrizes formadoras, estéticas e culturais a partir da mediação do grupo de mulheres “Iniciante dos Batuque”, movendo novos olhares sobre a relações etnico-raciais, de gênero e sexualidade que estão estruturadas nos fazeres e saberes da cultura popular tradicional. Para tanto será desenvolvido um processo formativo, estético, político e cultural,a partir dos elementos da tradição popular presentes nas comunidades.

Além disso, neste processo também se produzirá a montagem de esquetes, performances, vídeo performance e lives-debate, que se propõe a tensionar e discutir o pertencimento étnico-racial no território, as relações de desigualdade e violência entre homens e mulheres, e a invisibilidade e silenciamento da diversidade sexual presente no território tradicional. Vale dizer que as lives-debate também se constituirão como difusão de experiências individuais e coletivas, articulando redes e grupos, que em suas trajetórias se afirmam politicamente e constroem processos estéticos-culturais, traduzindo-se em formas de resistência e enfrentamento.

A produção artística resultante dessas atividades formativas serão reunidas na Mostra Diversidade e Cultura Popular que contará também com grupos convidados, tornando-se um espaço de difusão das produções estético-artísticas, e de democratização do acesso à arte e a cultura, para diversas comunidades do litoral cearense.

A coordenação executiva do projeto será realizada de forma compartilhada entre a diretoria da Associação dos Pequenos Agricultores e Pescadores Assentados do Imovél sabiaguaba – APAPAIS, e grupos de cultura que estão envolvidos nas ações dos projetos.

As ações do projeto, se realizará cumprindo as orientações e protocolos de segurança indicados pela Organização Mundial de Saúde, no que concerne o enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19). Como também, acionará recursos tecnológicos e/ou de tecnologias assistivas no que se refere a participação e alcance dos produtos e materiais às pessoas com deficiência.

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